Manifesto
Mariri Music - A música inspirada pela força do Cipó
Somos artistas guiados pela força da Sagrada Medicina da Floresta: a Ayahuasca.
Não nos unimos por um estilo musical, mas por uma fonte comum de inspiração e por um propósito maior — o de fazer música que expande consciências, toca o invisível e nos reconecta com a natureza e com a alma.
Tocamos o que sentimos.
E o que sentimos vem das visões, dos silêncios, das curas e dos aprendizados com o cipó.
Nossa música pode soar como mantra ou ponto de umbanda, como hinário daimista ou batida eletrônica.
Pode vir na expressão de um violão rasqueado, no sopro suave da flauta de bambu, no pulso do handpan ou na força dos tambores e das guitarras distorcidas.
Não é o estilo que nos define.
É a intenção.
Não nos proclamamos curadores, nem nos colocamos no lugar dos mestres ancestrais.
Honramos os que vieram antes — pajés, rezadores, lideranças espirituais — e reconhecemos que o verdadeiro canto de cura nasce de um saber profundo, muitas vezes não acessível a nós.
Por isso, não chamamos o que fazemos de música medicina.
Chamamos de Mariri Music.
Mariri Music é a expressão da arte que nasce da Ayahuasca nos contextos urbanos.
É música feita por quem foi tocado, curado, transformado — e deseja compartilhar isso com o mundo.
É um movimento que respeita o sagrado, mas também quer ocupar o espaço público, as plataformas digitais, os palcos e festivais, com integridade e propósito.
Não compactuamos com a exploração comercial da espiritualidade.
Fazemos essa música por amor, mas também por direito: o de viver daquilo que nos conecta ao divino.
Estamos prontos para construir pontes com o mercado da música, desde que isso não nos afaste do coração da floresta.
Somos ayahuasqueiros.
E o nosso processo criativo — pessoal, coletivo e artístico — é e continuará sendo guiado por essa força misteriosa.
Seguimos cantando, firmes no propósito, enraizados no cipó e abertos ao infinito.